DEM e PPGEM contribuíram para desempenho da UFRN no ranking nacional de patentes em 2020

Notícia publicada em 2/01/2021Gerais

Em setembro deste ano foi expedida a segunda patente do ano com a participação de integrantes do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM). Ela foi expedida em 24/09/2020 e tem como título: Éster de soja como óleo base para produção de biolubrificante. Sendo desenvolvida pelos cientistas José Ubiragi de Lima Mendes e Luanda Kívia de Oliveira Rodrigues.

A mesma envolve o desenvolvimento de uma base de origem vegetal para ser aplicado na produção de lubrificante biodegradável, de qualidade e resistente à ação oxidativa para ser utilizado na indústria Metalúrgica e Mecânica.

No caso dos lubrificantes utilizados na indústria metalúrgica, em torno de 99% é óleo base e 1% é aditivo. E é aqui que a descoberta científica mostra sua atratividade, por resultar na obtenção do éster de soja para substituir o óleo base na produção do lubrificante. O produto nasce já com uma boa opção de matéria-prima, haja vista que o Brasil é referência mundial em produção da semente de soja. Além de constituir-se em uma ferramenta para a abertura de um novo mercado, pode caminhar também para um avanço na indústria agrícola do país.

O principal ambiente pensado para a utilização da invenção é o da indústria metalmecânica. Na usinagem, por exemplo, os lubrificantes são chamados de fluido de corte e podem causar danos mais graves, pois há contato direto entre o fluido e o operador, além de necessitar tratamento adequado para ser descartado sem contaminar o meio ambiente. A partir dessas questões, pensou-se em um fluido que serve como éster base para produção de lubrificante, cuja função é lubrificar e refrigerar o contato peça-ferramenta.

Destaca-se que a invenção, da forma como foi concebida, é algo ainda não utilizado na produção de lubrificantes, constituindo novidade até então no gênero, com propriedades físico-químicas e de lubricidade satisfatórias. O óleo base dos lubrificantes encontrados no mercado é de origem mineral ou sintético, e causa danos ao meio ambiente desde a sua produção até o descarte indiscriminado. Para o descarte final adequado há, inclusive, um custo de tratamento deste lubrificante utilizado.

O éster produzido a partir de óleo vegetal, nesse caso de soja, é um produto ecologicamente correto, biodegradável e, por isso, não oferece risco ao operador, pessoa que normalmente mais entra em contato com o mesmo, nem ao meio ambiente, como os lubrificantes existentes no mercado.

Números do DEM e PPGEM

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) figura hoje entre as Universidades do Norte-Nordeste como a que adquiriu o maior número de patentes concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com um total de 25 até o presente momento.

Desse total, 03 foram oriundas do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM), sendo a primeira concedida no ano de 2018 e as outras duas neste ano de 2020. As duas últimas tiveram participação dos Professores Doutores José Ubiragi de Lima Mendes (DEM-PPGEM), Synara Lucien de Lima Cavalcanti (DEM), Rudson de Souza Lima (Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Ufersa) e Luanda Lívia de Oliveira Rodrigues (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA).

As cartas patentes foram frutos das pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Mecânica dos Fluidos do Núcleo de Tecnologia Industrial, pertencente ao Centro de Tecnologia da UFRN, as quais são especificadas a seguir: A primeira foi expedida em 18/02/2020, que também foi a primeira carta patente do ano concedida à UFRN, é intitulada por Equipamento para ensaio de desgaste relativo ao atrito, o projeto foi desenvolvido pelos cientistas José Ubiragi de Lima Mendes, Synara Lucien de Lima Cavalcanti e Rudson de Souza Lima.

Primeira patente

A primeira patente foi expedida em 18/02/2020, que também foi a primeira carta patente do ano concedida à UFRN, é intitulada por Equipamento para ensaio de desgaste relativo ao atrito, o projeto foi desenvolvido pelos cientistas José Ubiragi de Lima Mendes, Synara Lucien de Lima Cavalcanti e Rudson de Souza Lima.

O equipamento desenvolvido permite analisar comparativamente se um determinado lubrificante é eficiente para uma determinada aplicação. Em automotivos, por exemplo, temos muitos eixos que ficam apoiados em mancais. Nesse ponto, podemos fazer corpos de prova que simulam o eixo e o mancal, com os mesmos tipos de materiais, e simular o contato entre os elementos rotativos, sob a ação de uma carga que induz esse contato. Nessa interface entre o eixo e o mancal, insere-se o lubrificante a ser analisado e, a partir daí, com o equipamento, averigua-se se ele é eficiente. Caso seja, este minimiza o desgaste entre as peças e melhor dissipa o calor.

A aplicação do produto acontece tanto na indústria quanto na academia. Na indústria, voltado para fabricantes de produtos lubrificantes, o equipamento é uma ferramenta que proporcionará mais um ensaio aditivo ao seu produto. Além disso, o fabricante pode ensaiar com os pares metálicos, que já podem ser do mecanismo que o lubrificante produzido vai atuar, de forma a ter uma maior segurança quanto à eficiência do seu produto. Já na academia, o invento pode ser não só um dispositivo que ajudará, de forma didática, o aluno a visualizar questões de desgaste, de lubrificação, como também será uma valiosa ferramenta para o aluno na questão das pesquisas relacionadas. Para mais informações: https://www.instagram.com/tv/B9HMBQsFa-S/?utm_source=ig_web_button_share_sheet .

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