Projeto Meninas no Espaço conquista medalha de ouro

Notícia publicada em 25/08/2023Gerais
Larissa Araújo de Agecom/UFRN

O projeto Meninas no Espaço participou na última segunda-feira, 21 de agosto, da cerimônia de formalização da adesão aos programas do Governo Federal Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica, Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e Escola em tempo integral. No momento da cerimônia, o grupo celebrou a conquista da medalha de ouro pelas alunas do colégio Antônio Pinto na maior olimpíada brasileira de foguetes, sediada no Rio de Janeiro.

A Jornada de Foguetes se trata de um evento de grande porte e repercussão nacional, no qual estudantes e professores participam de oficinas, palestras, apresentações e de lançamentos de foguetes como forma de capacitação e de estímulo na área aeroespacial. De 14 a 17 de agosto, as alunas do ensino médio Ruth de Medeiros e Lívia Alves e o docente Arimater de Souza, da Escola Estadual Professor Antônio Pinto de Medeiros, participaram da 41ª Jornada de Foguetes, em Barra do Piraí/RJ, como resultado da classificação na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG 2023).

Nas oficinas, acontece a exploração prática de conceitos relacionados à Física, como a aerodinâmica, propulsão e técnicas de compactação e produção de propelentes sólidos, os mesmos utilizados em foguetes profissionais. Como forma de integração e de divulgação de conhecimento, 66 equipes apresentaram seus foguetes e seus processos necessários para os lançamentos e participaram da competição de alcance de foguetes.

Mariana Almeida, professora do Departamento de Engenharia de Produção da UFRN e coordenadora do projeto Meninas no Espaço, explica que o trabalho em equipe foi essencial na conquista. “O conhecimento teórico, o trabalho em equipe, o planejamento cuidadoso e a precisão técnica, ao realizar os lançamentos, levaram a única equipe da educação pública do estado do Rio Grande do Norte a ser uma das campeãs desta edição, com um lançamento de quase 200m”, relata.

De acordo com Mariana, essa conquista é um grande passo para educação científica pública do Rio Grande do Norte e vem como resultado das ações desenvolvidas pelo projeto. A docente contou que a ação é uma colaboração entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Agência Espacial Brasileira e a UFRN, a qual o Governo do Estado abraçou e vem dando todo o suporte necessário para seu desenvolvimento.

Sob coordenação geral de Mariana Almeida e orientação da professora da Escola Antônio Pinto, Suzana Barbosa, a dupla vem se capacitando na área aeroespacial e promovendo ações de impacto na comunidade escolar como forma de replicar o conhecimento adquirido. “Assim como Ruth e Lívia, mais 73 meninas de várias cidades do estado estão sendo impactadas pelo projeto, e se espera que esse número aumente em 2024”, conclui.

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