Projeto Meninas no Espaço encerra primeiro ciclo de atividades

Gabrielly Venceslau de Agecom/UFRN

Na última segunda-feira, 18, o Meninas no Espaço concluiu sua primeira edição e apresentou os resultados obtidos ao Programa das Nações Unidas (Pnud) Brasil e à Agência Espacial Brasileira (AEB). O projeto, coordenado pela professora do curso de Engenharia de Produção Mariana Rodrigues de Almeida, produziu no total nove produtos: portfólios das atividades realizadas em cada escola, cursos de capacitação, dissertações de mestrado, planos de curso para a graduação, atividade maker, olimpíadas de foguetes, visitação no Habitat Marte e na barreira do inferno.

 

O Meninas no Espaço contou com o suporte de 116 pessoas, sendo 75 bolsistas, 15 professores do ensino médio, 10 alunas de graduação e 5 de pós-graduação, além dos professores voluntários. Ao todo, foram contempladas pelo projeto 21 escolas públicas distribuídas em 16 municípios do Rio Grande do Norte.

A iniciativa, ressalta Mariana, busca incentivar a participação de meninas e mulheres nas áreas das ciências exatas e aeroespaciais e estimular a igualdade de gênero no setor espacial. “Com esse projeto, conheci de mais perto a realidade da educação brasileira, sobretudo do interior, e me encantei com novas oportunidades de pesquisa. Agradeço a todos que participaram do Meninas no Espaço, pois conheci pessoas incríveis e muitas meninas encantadoras com histórias emocionantes. Finalizo essa primeira edição muito inspirada com novas ideias”, relata Mariana.

 

Uma das participantes que teve sua vida impactada pelo projeto foi Rayssa Valentim, aluna da Escola Estadual Josefina Xavier, localizada no município de Lucrécia. “Conheci pessoas novas, inclusive a professora Mariana, o que fez uma diferença muito grande porque ela foi me incentivando a querer saber mais sobre a área, sem contar que as experiências que ela nos proporcionou foram incríveis. Conheci novos lugares, conheci melhor a área. É algo maravilhoso, adorei participar do projeto”, comenta Rayssa.

Impacto

A idealização do Projeto surgiu em 2013, quando a professora notou que não haviam tantas mulheres nos campos das engenharias e passou a estudar os fatores que levam as mulheres a não optarem por essa área. Em 2018, nasceu o Meninas no Espaço, quando Mariana foi contemplada pelo edital Meninas na Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O atual projeto foi financiado pelo Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento (Pnud), pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).